segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Jornada II - Dragões destruidores, Aguias bafejadas e Leões abatidos.

Sporting CP 1 - 2 Sporting Braga
Vit. Guimarães 0 - 1 SL Benfica
FC Porto 3 - 0 Nacional

O Sporting recebeu o líder da tabela após uma uma prestação europeia que parecia começar a convencer críticos e adeptos. Mas podemos dizer que esse entusiasmo durou apenas até aos 12min, quando Alan aproveitou um alívio mal medido de Polga para fazer o primeiro do jogo. Se até esse momento o Sporting parecia controlar as operações, a partir daí demonstrou as dificuldades, já vistas durante a pré-época, para organizar o seu jogo ofensivo. Moutinho e Matias Fernandez ainda não se entendem quando é necessário progredir rapidamente para entregar a bola em condições nos avançados, Liedson ainda está bem longe da forma de outras épocas e o novo Miguel Veloso parece, ainda assim, incapaz de dar o músculo necessário à posição seis. Por outro lado, o Braga, sempre bem estruturado e mesmo sem fazer um jogo vistoso, pareceu sempre ter a partida controlada. Mesmo quando Djaló, que rendeu Matigol a meia hora do fim, apontou um golo de bandeira, era a frente de ataque dos minhotos, servida com categoria por Mossoró, quem criava as oportunidades mais perigosas. O golo da vitória surge aos 81' num canto bem aproveitado por Meyong, em que Rui Patrício não fica bem na fotografia.

O Sporting tem de melhorar o seu jogo se quer ser considerado um candidato ao título. Polga é uma sombra do que já demonstrou. Caicedo, que entrou para substituir Postiga que saiu lesionado, ainda está muito verde e já ninguém percebe a insistência de Paulo Bento ao apostar em Pedro Silva, que teve mais uma exibição muito pobre Destaque positivo para André Marques que, mesmo com um atraso desastroso para Patrício, mostrou qualidade no passe e no posicionamento defensivo.

Do lado do Braga, é um prazer ver jogar Mossoró, um jogador que trata muito bem a bola e dinamiza o ataque com passes criativos. Alan parece estar na sua melhor época, confiante nas transições e com um apurado sentido de golo e a experiência de Vandinho dá confiança à equipa no que toca a defender. Até onde pode ir a equipa de Domingos Paciência?

MVP para o Scouting Ground: Mossoró

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No jogo de Guimarães, a equipa da casa recebeu o motivado Benfica, que vinha de uma excelente prestação europeia e com uma armadilha táctica quase perfeita. Os pupilos de Nelo Vingada raramente deram espaço aos criativos do Benfica e fizeram com que estes perdessem inúmeras bolas prematuramente, permitindo contra-ataques perigosíssimos. Se na 1ª parte a táctica da equipa funcionou bem, na 2ª esta estava a funcionar na perfeição, até que uma infantilidade de Flávio Meireles (mão na área despropositada), dá penalti ao Benfica, 2º amarelo e consequente expulsão para o capitão vimaranense. A partir daqui, e apesar de Cardozo ter falhado mais um penalti para o campeonato, o Guimarães foi consentindo o domínio do jogo ao Benfica, embora sem nunca permitir grandes proximidades à sua área, e partindo sempre para perigosos contra-ataques. Destaque para os dois lances desperdiçados pelos avançados do Vitória apenas com Quim pela frente (um deles bateu no poste). Em cima dos 90 minutos e sem ter feito muito por isso (Nilson apenas fez uma defesa na 2ª parte e foi no penalti), o Benfica chega à vantagem num lance de bola parada. Um livre exemplarmente bem marcado por Fábio Coentrão, que continua a mostrar que merece ser titular nesta equipa, finalizado com um cabeceamento de Ramires que se desmarcou muito bem. Apesar do jogo menos conseguido, destaque para a vontade e o crer dos jogadores encarnados até ao fim.


MVP para o Scouting Ground: Ramires

O FC Porto entrou em campo pressionado com o resultado do Benfica e a saber que ia defrontar um adversário com muito valor, que vinha motivado pela vitória sobre o Zenit e o empate com o Sporting. Os dragões entraram em campo com vontade de resolver o jogo o mais cedo possível, mas apesar da boa dinâmica ofensiva, do bom entrosamento entre todos os sectores e das imensas oportunidades de golo criadas durante a primeira parte, o desacerto na finalização fez com que se chegasse ao intervalo com o nulo no marcador. O Nacional, talvez fatigado pelo jogo da Euroliga, nunca criou perigo junto da baliza do Porto. Após o intervalo, houve alguns ajustes tácticos (principalmente na esquerda) e os dragões voltaram a entrar muito fortes e a criar muitos desequilíbrios que nasciam na sua maioria de entendimentos entre Falcão e Varela (Mariano esteve uns furos abaixo dos dois companheiros de ataque). Toda esta dinâmica surtiu efeitos quando após boa jogada entre Varela e Mariano, Cléber pára um remate com a mão e é assinalado penalti. Além da expulsão de Cléber, Clébão também vê o 2º amarelo por protestos. Falcao chamado à conversão da grande penalidade, não desperdiça e com 2 jogadores a mais o FC Porto tinha, praticamente, o jogo resolvido. Ainda houve tempo para mais 2 golos azuis e brancos, selando assim um resultado pesado, que premiou a boa exibição do FC Porto e castigou as infantilidades dos madeirenses.

MVP para o Scouting Ground: Belluschi

Sporting CP 1 - 2 Sporting Braga

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Vit. Guimarães 0 - 1 SL Benfica

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FC Porto 3 - 0 Nacional

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